top of page

Charles H. Spurgeon: O Príncipe dos Pregadores

Atualizado: 1 de jun. de 2022

Charles Haddon Spurgeon nasceu em Kelvedon, Essex, em 19 de junho de 1834. Foi o primogênito de 17 irmãos. Desde criança morou com os avós, onde teve muita influência em seu ministério. Lembrado pela sua grande eloquência e grande conhecimento das Escrituras, foi considerado o príncipe dos pregadores pelo tamanho da magnitude de seus sermões arrebatarem seus ouvintes.


Influências e início de sua carreira

A influência do seu avô em seu ministério teve a ver a biblioteca da mansão de seus avós, o que continha diversos livros que mexeram com a imaginação e criatividade de Spurgeon. Dentre eles, diversas literaturas cristãs e comentários puritanos. Na biblioteca, encontrou o livro 'O peregrino', de Bunyan, um livro Spurgeon leu tantas vezes que seus personagens eram usados constantemente em seus sermões. Uma boa biblioteca é uma necessidade para os ministros.

Era conhecido por sua simplicidade em expor a palavra de Deus. Ele se lembrou, certa vez, de que sua avó colocava os biscoitos na prateleira de baixo para as crianças da casa, uma lição que mais tarde o faria instruir seus ouvintes com as mensagens mais acessíveis.

Certa vez, quando jovem, ouviu seu avô triste questionar de um membro da igreja, chamado Tom Roades. Este membro vivia em tabernas (os bares da época). Então, uma tarde o jovem Charles revolveu procurar este irmãos e o exortou dizendo para que parasse de ferir seu pastor com seu comportamento. Quando Spurgeon voltou para casa, declarou: "Eu matei o velho Roades". Seu avô, intrigado, logo encontrou Tom Roades arrependido batendo em sua porta.

Charles Spurgeon tinha um contato profundo com poesias e hinos cristãos. Quando criança, seu avô prometeu-lhe um centavo por cada rato que ele encontrasse; já sua avó, daria a mesma recompensa por cada hino que memorizasse. A memorização de hinos teve, em longo prazo, uma contribuição significativa. Ao examinar os sermões de Spurgeon em sua carreira, claramente percebemos um comum uso de poesias.

Apesar da criação anglicana, Charles cresceu e tornou membro da Igreja Batista na St. Andrew's Street e começou a ensinar na escola dominical. Logo esteve instruindo os outros professores. Costumava dizer que preferia ser um professor de Escola Dominical a ser um doutor em Teologia. Se juntou à Lay Preachers' Association [Associação de Leigos Pregadores] e, em 1850, foi enviado para Teversham, onde pregou seu primeiro sermão baseado em 1Pedro 2:7: "Para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa".

Sua pregação logo chamou atenção, e ele recebeu um convite de seis meses para pregar na Waterbeach em outubro de 1851. A Igreja tinha doze membros, porém, dentro de dois anos havia mais de quatrocentas pessoas, e Spurgeon havia pregado mais de seiscentos sermões.

Em 1857, o editor das obras de Spurgeon o apresentou, dizendo: "A pregação do sr. Spurgeon em Londres é um dos fenômenos mais notáveis dos tempos atuais. As mentes mais elevadas e mais simples, os ricos e os pobres, os nobres e os humildes, em multidões incontáveis, através dos átrios nos quais ele ministra ouvem com arrebatamento suas palavras brilhantes; centenas têm seu coração atingido, e Deus é honrado na conversão dos pecadores e na alegria do seu povo"

Notavelmente, sua pregação era a sua marca em seu ministério, através disto, ensinou inúmeros ministros pelo poder do Espírito Santo a falarem ao povo de Deus.


Contribuições para a história da pregação

Trecho do livro "História da Pregação"

Spurgeon continuou o legado da pregação doutrinal puritana acrescentando a ela o impulso evangelístico do Grande Despertamento. Ele se tornou o pregador mais conhecido durante a era de ouro da pregação do século 19; sua pregação dinâmica e seu domínio da linguagem atraíram as massas. O trabalho de Spurgeon de equipar futuros pastores e transmitir seus insights por meio de publicações ancorou-o em um lugar na história cristã. Ele desafia a Igreja a cada geração para manter uma visão clara e consistente, centrada em pelo menos quatro compromissos.

Primeiro, os pregadores devem ter foco constante na verdade inviolável das Escrituras como única fonte de conteúdo de sermões. Segundo, deve haver uma dependência consciente e transparente do Espírito Santo tanto para um chamado para pregar como para uma execução bem sucedida desse chamado. Terceiro, tanto no estudo quanto no púlpito deve haver um compromisso com uma experiência de culto corporativo que inclua a exploração cuidadosa de um texto estendido, verso a verso, e uma expansão temática ou doutrinaria de um texto selecionado mais sucinto. Finalmente, Spurgeon ensinou que a consciência de uma pessoa não pode se dar ao luxo de escolher amigos à custa da fé de alguém. Não se pode buscar popularidade à custa da doutrina.


Excerto de um Sermão: O Paracleto

"Vejamos todas as passagens em João 14:15-16 que se referem a esse título e estudemo-las com cuidado. Primeiro, do nosso texto aprendemos que o Espírito Santo, como o Paracleto deve ser para nós tudo o que Jesus foi para seus discípulos. Leia o Texto: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador." Isso claramente ensina que o Senhor Jesus é o primeiro Paracleto, e que o Espírito Santo é um segundo Paracleto que ocupa a mesma posição que Jesus ocupava. Não seria fácil descrever tudo o que Jesus foi para Seus discípulos quando habitou entre eles. Se dissermos que ele foi seu "Guia, Conselheiro e Amigo", nada teremos feito senão começar a catalogar Sua bondade. Que líder valente tem um exército quando sua presença inspira bravura, quando sua sabedoria e tato os conduzem a certa vitória, e quando sua influência os fortalece no dia da batalha -tudo isso, e mais, Jesus Cristo foi para Seus discípulos! O que o pastor é para a ovelha, sendo a ovelha tola, e somente o pastor, sábio; a ovelha sendo indefesa, e o pastor, forte para protegê-la; a ovelha desprovida de poder para prover para si mesma qualquer coisa, e o pastor, capaz de dar-lhe tudo o que ela necessita - tudo isso Jesus Cristo foi para seu povo! Vejam Sócrates em meio a seus pupilos, e observem que o grande filósofo é o principal professor de sua escola; mas ainda sim, alguns dos seguidores de Sócrates puderam melhorar alguns de seus ensinamentos. Mas veja Jesus, e observe imediatamente que todos os seus discípulos nada mais são que criancinhas se comparadas ao seu Mestre, e que a escola acabaria de uma vez por todas se o grande Mestre se fosse! Ele não é apenas o fundador, mas também o fim de nosso sistema; Jesus é para nós não apenas o Doutor, mas a Doutrina - "Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida". O discípulo de Cristo sabe que Jesus é indizivelmente precioso; ele sabe que Cristo é tudo! Jesus é bom em todas as coisas para o Seu povo, e não há nada que eles precisem fazer, sentir, ou saber, que é bom ou excelente à parte de Jesus Cristo. O que teria sido aquela pequena companhia de discípulos se tivessem ido pelas ruas de Jerusalém sem seu Senhor? Imagine que Ele estivesse ausente, e não houvesse outro Paracleto para preencher Seu lugar, - e você não mais veria professores equipados para revolucionar o mundo, mas um grupo de pescadores sem instrução e sem influência - um grupo que em pouco tempo se derreteria sobre a influência da incredulidade e covardia! Cristo era tudo para seu povo enquanto esteve aqui."




24 visualizações3 comentários

Posts recentes

Ver tudo
Post: Blog2 Post
bottom of page