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Gálatas: panorama geral

Atualizado: 9 de fev. de 2023


O grande problema que o apóstolo Paulo enfrenta escrevendo esta carta, é lidar com os falsos mestres que adentraram nas igrejas da Galácia. Estes mestres estavam disseminando no corpo de Cristo a necessidade de observar as leis de Moisés para obterem salvação. Ou seja, para ser salvo, crer na mensagem da cruz não é o suficiente. É necessário guardar algumas ordenanças que foram feitas ao povo escolhido, isto é, Israel. Para legitimar seus argumentos, os falsos mestres descredibilizaram o apostolado de Paulo, dando a entender que o que ele ensinou quando fundou a Igreja era insuficiente e falso. Com isto, a Igreja passou a abraçar práticas judaizantes como meio para se redimir, rejeitando a graça oriunda da obra da cruz.

Como resultado deste ensino, a Igreja da Galácia produziu membros moralistas, que acreditavam que seus esforços humanos era necessário para uma vida piedosa. Uma das indagações do apóstolo que mais representam a característica da carta está no capítulo 3, verso 3, que diz: "Será que perderam o juízo? Tendo começado no Espírito, por que agora procuram tornar-se perfeitos por seus próprios esforços?" (NVT). A dicotomia expressa na carta, entre a liberdade do Evangelho e o pesado jugo de servidão da lei, é o principal assunto abordado, pois os cristãos gentios que um dia experimentaram desta liberdade estavam sendo confrontados com a escravidão de uma aliança antiquada e que já serviu para seu propósito. E os cristãos judeus estavam sendo levados a retornarem para esta antiga aliança.

Os falsos mestres obrigavam à circuncisão porque temiam a perseguição vinda da mensagem de que apenas a cruz de Cristo pode salvar (6:12).Com esta mensagem judaizante, causavam boas impressões para os judeus não cristãos e anulavam o agir do Espírito na vida comunitária da Igreja. E nem mesmo eles conseguiam cumprir toda a lei, mas ensinavam como meio de se gloriar (v.13), pois se você ensina sobre algo passa a ideia de que entendeu aquilo e cumpre. Acreditavam que era membro do Corpo de Cristo apenas aqueles que passavam pela antiga aliança, isto é, os verdadeiros cristãos deveriam primeiro se converter ao judaísmo, assim, estavam aptos para desfrutar do evangelho, que foi dada primeiro aos judeus. Todavia, o apóstolo rebate esta ideia dizendo que o motivo de se gloriar estava na cruz de Cristo, pois esta mensagem que revela nossas fraquezas e nos coloca em rendição à Deus, e que a circuncisão não importava, mas sim, viver de acordo com o princípio da transformação pela nova criação. (v.14-16)


Principal propósito da epístola resumidamente:

1 - Defender-se contra as acusações de falsos mestres que se opunham a ele.

2 - Ensinar que todas as pessoas, sejam judias ou cristãs, são salvas pela Expiação de Jesus Cristo ao depositarem sua fé em Jesus Cristo, em vez de confiarem nas obras da lei de Moisés para a salvação.

3 - Esclarecer o papel da lei de Moisés no plano de Deus.

4 - Distinguir a função da Antiga e da Nova Aliança.

5 - Conclamar os irmãos a viver pelo Espírito.


Entendemos nesta breve contextualização da carta que o moralismo é uma ferramenta de imposição aos outros para esconder suas próprias falhas, como no caso dos falsos mestres, ensinavam a justificação pela lei pois desejavam causar boa impressão e se gloriar de seus ensinos. No entanto, o apóstolo Paulo disserta a carta aos Gálatas defendendo a mensagem do evangelho genuíno, nos ensinando que o único meio para a salvação e remissão dos pecados está em crer na obra de Jesus na cruz.

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